sexta-feira, 13 de junho de 2014


6 OBRAS TEATRALES 




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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Uma nova etapa no velho continente!


sábado, 7 de junho de 2014

OS CONVIDADOS NÃO DANÇAM EM DIAS NUBLADOS



Foi parar numa esquina o resto da FESTA, foi o que sobrou de poesia. OS convidados não dançam em dias nublados, isso TUDO depois da boneca amarela no teatro. E hoje é sábado. Amor se divide. 

Barulho do lado de dentro, um fora sem música, onde andam os anões não se tem memória, os da BRANCA de NEVE, bela sem paladar, tantos sonhos e nenhum castelo!











quarta-feira, 4 de junho de 2014

UM PARAFUSO SEM PASSAPORTE, NORTE, SORTE, SEM QUALIDADE DE VIDA, APENAS PARAFUSO.
















CINZEIRO - LIBRO CON 17 OBRAS TEATRALES

CINZEIRO de João Fábio Cabral ---) FERDINANDO MARTINS escreve sobre o livro de 17 peças de teatro do autor potiguar! 



"Uma dramaturgia desconhecia e íntima"

...ninguém é imperfeito pra ser igual a vida inteira...
(João Fábio Cabral, Bob É Negro)

Quando João Fábio Cabral nasceu em Ipanguaçu, Rio Grande do Norte, a pequena cidade, com menos de 15 mil habitantes, completava trinta anos de existência. Talvez o menino João Fábio não imaginasse que se tornaria anos mais tarde um dos melhores entendedores da capital paulista, com mais de onze milhões de pessoas e 459 anos. Se nos versos de Caetano Veloso Rita Lee é a mais completa tradução de São Paulo, João Fábio Cabral é, sem dúvida, seu intérprete mais sensível.

A cidade é a figura onipresente em suas peças. Não por acaso, as personagens falam bastante de metrópoles. Hong Kong, em Animais Vivem no Deserto. Paris em Sobre a Neve em frente à Torre Eiffel. A urbanidade gera solidão, mas também é solidária – é, parafraseando o título de uma das peças, “um refrão para desconhecidos e íntimos”. Há sempre gente disposta a ouvir o outro.

Se saem da cidade, as personagens se ressecam, murcham, perturbam-se, se perdem, como em Retalhos, cuja trama se passa em um bar e em um quarto de hotel vagabundo na beira de uma estrada.

Nessa dramaturgia, penetramos nos apartamentos da cidade grande e lá encontramos seus tipos mais divinos e ordinários, em angústias universais ou celebrando pequenas epifanias. A secura do semi-árido do interior nordestino deu lugar ao cinza frio dos prédios. O gigantismo da cidade parece querer engolir a todos. Conscientes de sua pequenez, os moradores tentam sobreviver da melhor maneira possível, com a ajuda de amigos, da fé ou de algo que anestesie: a música, o álcool, alguma substância ilícita, o sexo.

Ou as palavras. As criaturas de João Fábio falam muito. Até mesmo os monossilábicos se metem em diálogos que dão voltas e voltas, na tentativa do verbo preencher o vazio, da angústia ser esquecida por alguma frase, mesmo que seja vã. Buscam um insight que dê sentido a vida, mas só encontram a falta que nos é constitutiva. Viver é dar conta desse buraco na alma que todos carregamos – e é essa a mensagem quase zen de João Fábio.

Não por acaso, a dimensão da fala e a beleza das palavras se sobressaem a quaisquer outros aspectos. São textos com poucas rubricas – em algumas peças quase nenhuma – sobre a atitude que o ator ou a atriz deve tomar. A exceção fica por conta de Escreva para que eu viva de alguma forma perto de ti!, dedicado às amigas e parceiras Fabiana Carlucci e Júlia Bobrow, atrizes da mesma geração que João Fábio. Júlia, não por acaso também, protagonizou Rosa de Vidro, relato poético da relação de Tennessee Williams com sua irmã.

Mas há também uma dimensão política nessa dramaturgia. As peças retratam momentos de quem escolheu ser gauche na vida. Numa sociedade cada vez mais careta, em que o conservadorismo aparece como a opção ideológica de quem quer subir na vida, os outsiders, artistas ou simplesmente diferentes são vítimas de preconceitos e agressões. O racismo aparece de maneira crua em Bob É Negro. A homofobia, em Tanto.

Mas as diferenças também podem ser motivo de celebração e João Fábio nos brinda com um dos textos mais poéticos sobre o amor entre duas mulheres: Flores Brancas, levado aos palcos por Fabiana Carlucci, com quem fundou, junto com Rogério Harmitt, a Companhia Em Nome das Coisas Boas, que é também título de outra peça.

Não se pode dizer que seja uma obra autobiográfica. Trata-se de preocupações maiores, que vão do Real para o Poético, transformando em sublime o que a vida apresenta como rude, ainda que quem conhece o João Fábio consiga localizar aqui e acolá um ou outro amigo, uma ou outra história, e até mesmo seu cachorro Rimbaud aparece – Rimbaud, aliás, faria um par perfeito com a cadela Liluxo, da peça De um lugar. Mas é em Cinzeiro, ponto alto dessa dramaturgia, que nosso dramaturgo celebra a leveza que surge após o horror.

Depois de 18 anos morando em São Paulo, João Fábio foi buscar o mar. Vive agora em Ubatuba, mas vem e vai da capital paulista. Talvez essa cidade que não é nem grande nem pequena, nem sertão nem capital, traga novos textos com o gosto salgado de suor e praia. Oxalá!

Ferdinando Martins - Professor Doutor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Vice-diretor do Teatro da USP (TUSP)

Faça seu pedido pelo site da editora:http://www.nversos.com.br/v2/

joão Fábio Cabral é DRAMATURGO, ATOR E DIRETOR, É UM DOS FUNDADORES DA AMESMA COMPANHIA DE INVESTIGAÇÃO TEATRAL

segunda-feira, 2 de junho de 2014

SIN VENTANAS

DISTANTE NÃO ESTÁ LONGE DAQUI 




Essa peça tá no meu livro CINZEIRO - 17 obras de João Fábio Cabral - NVERSOS EDITORA!